A
logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de
produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Esse processo já
ocorre há alguns anos nas indústrias de bebidas (retorno de vasilhames de
vidro) e distribuição de gás de cozinha com a reutilização de seus vasilhames,
isto é, o produto chega ao consumidor e a embalagem retorna ao seu centro
produtivo para que seja reutilizada e volte ao consumidor final em um ciclo
contínuo.
Atualmente
podemos observar esse fluxo mais claramente do mercado, pois o retorno de
embalagens descartáveis, como latas de alumínio, garrafas plásticas, caixas de
papelão, entre outras, por diversos motivos é constante. A origem de parte do
fluxo destes materiais e advindo de retrabalho de material acabado, falha no piccking (área para separação de
materiais) gerando pedidos errados, problemas com matéria – prima, embalagens
etc.
Na
verdade, muitas empresas trabalham com o conceito de logística reversa, porém
nem todas encaram esse processo como parte integrante e necessária para o bom
andamento ou para a redução nos custos, apenas utiliza o processo e não
demandam maior importância e nem investem em pesquisas.
Uma
empresa que recebe um produto como conseqüência de devolução, por qualquer
motivo, já está aplicando conceito de logística reversa, bem como aquele que
compram materiais recicláveis para transformá-los em matéria - prima.
Nas
últimas décadas, vivenciamos uma indiscutível ânsia de lançamentos de produtos
e modelos de todos os setores empresariais e em todas as partes do globo.
Comparando a quantidade de modelos que compõem uma única categoria de produto
com a quantidade adquirida há algumas décadas, é possível constata, sem
dificuldade, um crescimento extraordinário. Empresas elaboram produtos e modelo
específicos para satisfazer diferentes segmentos de clientes em uma variedade
de aspectos: além das cores, tamanhos, capacidades e especificações
diferenciadas, os produtos são segmentados por idade e sexos, etnia dos
clientes, sabor e odor de diversas naturezas, tamanhos e tipos de embalagens,
teores de açúcar e de gordura etc.
Por
outro lado, observa-se uma nítida redução no tempo de vida mercadológico e útil
nos produtos em todos os setores da atividade humana. O ciclo de vida
mercadológico dos produtos se reduz em virtude da introdução de novos modelos,
que tornam os anteriores ultrapassados em conseqüência de seu próprio projeto,
pela concepção de ser utilizado uma única vez, pelo uso de matérias de menor
durabilidade, pela dificuldade técnica e econômica de conserto etc.
A
tendência a descartabilidade acentua-se uma realidade em nossos dias!
Como
resultado, a quantidades maiores de produtos, ainda sem uso ou já consumido,
que retornam de alguma forma ao ciclo produtivo ou de negócios. Produtos
obsoletos sob diversas óticas com defeitos ou dentro da garantia, com validade
vencida, com excesso de estoque, não consumidos ou com pouco uso, retornam ao
ciclo de negócio na busca pela recuperação de valor de alguma natureza.
Produtos no fim de sua vida útil ou em condições de reutilização e resíduos
industriais não apresentando interesse ao primeiro proprietário retornam ao
ciclo de negócios ou produtivo com objetos idênticos, porém por caminhos
diferentes dos primeiros.
Nos
ambientes globalizados de alta competitividade em que vivemos, as empresas
modernas reconhecem cada vez mais além da busca pelo lucro em suas transações,
é necessário atender a uma variedade de interesses sociais, ambientais e
governamentais, garantido seus negócios e sua lucratividade ao logo do tempo.
Dessa forma, torna-se necessário satisfazer diferentes stakeholders – acionistas, funcionários, clientes, fornecedores,
comunidade local, governo – que avaliam as empresas sob diferentes
perspectivas. O planejamento empresarial em seus diversos níveis (estratégico,
tático e operacional) deve ser elaborado de acordo com a visão holística de
competir, colaborar e inovar.
Atualmente,
tornou-se impossível ignorar reflexos que o retorno dessas quantidades
crescentes de produtos de pós-venda e de pós-consumo causam operações
empresarias. O retorno dos produtos de pós-venda em grande quantidade precisa
ser equacionado, sob pena de interferir nas operações e na rentabilidade das
atividades das empresas.
Por
outro lado, e não menos importante, as crescentes quantidades de produtos de
pós-consumo, ao esgotar os sistemas tradicionais de disposição final, se não
equacionadas, provocam poluição por contaminação ou por excesso. Legislações
ambientais, visando à redução desse impacto, desobrigam gradativamente os
governos e responsabilizam as empresas, ou suas cadeias industriais, pelo equacionamento
dos fluxos reversos dos produtos de pós-consumo. A isso, acrescenta-se ao fato
de que a falta de equacionamento desses fluxos reversos pode se constituir em
um risco à imagem da empresa, à sua reputação de empresa cidadã e consciente da
responsabilidade socioambiental diante da comunidade.
A
logística constitui a maneira de lidar com materiais, desde matérias-primas até
quando se transformam em produtos acabados em direção ao cliente final.
Tudo,
ou quase tudo, o que vimos neste capítulo trata de logística.
A
logística envolve o processo de planejamento, implementação e controle da
eficiência e do custo efetivo relacionado ao fluxo de armazenagem de
matéria-prima, material em processo e produto acabado, bem como do fluxo de
informações do ponto de origem ao ponto de consumo com o objetivo de atender às
exigências do cliente
Com
o avanço da tecnologia, o mercado de trabalho a cada dia está atualizando-se a
todo o processo logístico no qual seus planejamentos vêm crescendo de forma
esplendorosa,
Essa
é a definição do Council of Logistics
Management, e envolve matérias-primas, matérias em processos, produtos
acabados e fluxo de informações de ponta a ponta. Modernamente, envolve também
as finanças no fluxo entre os parceiros e procura incrementar esse fluxo por
meio de uma variedade de meios, como métodos, técnicas, modelos matemáticos,
tecnologia da informação (TI) e softwares.
O objetivo é atender às necessidades do cliente na ponta final de todo o fluxo.
Com as preocupações ambientais e sociais, a logística ampliou o fluxo de
materiais, passando a envolver também o envio dos resíduos dos produtos
entregues aos clientes para o reprocessamento por parte dos fabricantes e
fornecedores. É a chamada logística inversa.²
No
passado, a logística cuidava somente do transporte e distribuição física. Hoje envolve
métodos e modelos para localizar estruturas físicas – como fábricas, depósitos,
armazéns, centros de distribuição - bem como gestão de materiais e suprimentos,
envolvendo também planejamento, programação e controle da produção, além das
atividades tradicionais de distribuição. Daí, a enorme importância do SCM – supply chain management -, a gestão de
toda a cadeia de suprimentos, desde os fornecedores até os consumidores finais.
Como
todo esse envolvimento, a logística passou a ser uma atividade extremamente
complexa a ponto de ser terceirizada em muitas empresas permitindo o surgimento
de um novo tipo de negócio: o operador logístico. Este nada mais é do que uma
empresa especializada em prestação de serviços que envolvem todas ou partes das
atividades logísticas nas várias fases da cadeia de suprimentos. Com um sentido
de agregar valor ao produto da empresa cliente.
A
Logística empresarial associa estudo e administração dos fluxos de bens e
serviços e da informação associada que os põe em movimento. Caso fosse viável
produzir todos os bens e serviços no ponto onde eles são consumidos ou caso as
pessoas desejassem viver onde as matérias-primas e a produção se localizam,
então a logística seria pouco importante. Mas isso não ocorreu na sociedade
moderna. Uma região tende a especializar-se na produção daquilo que tiver
vantagem econômica para fazê-lo. Isto cria um hiato de tempo e espaço entre
matérias-primas e produtos e entre produção e consumo. Ou seja, sua missão é
colocar as mercadorias ou os serviços certos no lugar certo e na condição
desejada, ao menor custo possível.
A
logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação
que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de
serviços adequados aos clientes a um custo razoável.
O
termo “produto” é aquilo utilizado no sentido lato, incluindo tanto bens como
serviços.